Um amigo, cego para o que é a
Antropologia e sem vontade de aprender, diz-me que quando acabar a formação - o
Mestrado, o Doutoramento (o que quer que seja que as minhas aptidões, o Passos
Coelho e a Senhora Merkel me permitirem alcançar) posso abrir um "consultório".
Ultrapassado o embaraço pela ignorância
alheia que é, mais no todo que em parte mea culpa, o absurdo da ideia
permite-me deleitar com brincadeiras imaginárias nas quais tanto os políticos
que governam o país como os tubarões do capitalismo e seus acólitos vão ao
antropólogo antes de tomarem as decisões estupidas e estupidificantes que
são a regra.
E que disparates se evitam! - nesse espaço imaginário
em que aqueles que movem o mundo se deixam demover das suas insanidades por
aqueles que se caracterizam, acima de tudo, pelo seu lúcido entendimento do
mundo em que vivemos, que sabem que as coisas não têm de ser como são e que
sabem, sobretudo, que é imperativo re-humanizar o humano e cessar a busca
alucinada do lucro.
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